OEA não consegue aprovar resolução que ampliaria pressão sobre regime de Nicolás Maduro; Brasil se abstém

As negociações na sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocada para esta quarta-feira, 31, sobre a eleição presidencial na Venezuela fracassaram. A resolução final não foi aprovada, e o Brasil foi um dos países-membros a se abster.

No total, o texto recebeu 17 votos a favor (de países como Estados Unidos, Chile, Costa Rica e Equador), 11 abstenções (além do Brasil, nações como Colômbia, México e países caribenhos), nenhum voto contra e outros cinco ausentes.

Para ser aprovada, a resolução precisava de pelo menos 18 votos, segundo as regras do organismo multilateral.

Em termos gerais, o texto votado pedia quatro coisas à Venezuela do ditador Nicolás Maduro:

  1. Reconhecer a participação grande e pacífica do eleitorado no pleito;
  2. Que o Conselho Nacional Eleitoral divulgue as atas eleitorais das mesas de votação e que seja feita uma verificação delas com a presença de observadores independentes;
  3. Que os direitos humanos fossem respeitados;
  4. Que se protejam os elementos do processo eleitoral, como as próprias atas.

Um dos principais pontos de conflito foi o segundo, devido ao trecho que solicita que a verificação das atas seja feita por observadores independentes.

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