Zema quer aumento de imposto e recebe críticas até de aliados

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), quer a aprovação, na Assembleia Legislativa do estado, de um projeto que aumenta o ICMS sobre ração de pets, cerveja, refrigerante e aparelhos de celular.
O texto, que trata como supérfluos esses e outros itens como cigarros, armas e alimentos para atletas, para os quais propõe aumento da alíquota, foi enviado por Zema à Assembleia no dia 29 de agosto.
Apesar de receber críticas até de aliados, foi aprovado em três comissões e está pronto para apreciação em plenário.
A administração estadual diz que o projeto é importante porque os recursos do aumento serão direcionados para o Fundo de Erradicação da Miséria (FEM).
O projeto enviado pelo governador quer tornar permanente o adicional de 2 pontos percentuais, elevando de 25% para 27%, a alíquota do ICMS sobre os produtos da lista. O aumento está previsto em lei, mas estava suspenso desde dezembro do ano passado.
Empresários, que tradicionalmente estão entre os principais apoiadores de Zema, também criticaram a iniciativa do governo.
Uma carta foi enviada pela Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL) à Assembleia contra o projeto de lei do governador. A entidade tem 80 mil filiados.
O presidente da entidade, Frank Sinatra Santos Chaves disse, via assessoria, que a FCDL apoia Zema, mas que aumentos de impostos corroem a competitividade do Estado.
Como empresários, não temos mais espaço para efetuar pagamento de impostos. Na verdade queremos que Minas Gerais aumente sua competividade com a redução dos impostos — disse Chaves.
O aumento do imposto, segundo o dirigente, pode implicar em corte de empregos e investimentos entre os lojistas.
Sobretudo porque o crédito já está caro por causa dos juros. É um impacto que não queremos — completou.
Existe a possibilidade do texto ser votado nesta quinta-feira (21), caso se esgote o prazo para discussão da matéria — que é de seis sessões.