Caso das joias: Wassef admite ter recomprado Rolex em viagem aos EUA
O advogado Frederick Wassef, que representa Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (15), que viajou aos Estados Unidos e recomprou o relógio Rolex dado de presente a uma comitiva do ex-presidente durante uma viagem oficial ao Oriente Médio.
Segundo a Polícia Federal (PF), o item de luxo foi vendido ilegalmente nos EUA pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro.
Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando de Cid ou do próprio ex-presidente.
De acordo com o advogado, ele fez a aquisição com dinheiro próprio, para cumprir determinação do Tribunal de Contas da União (TCU):
Sim, fui aos Estados Unidos e comprei o Rolex. O motivo de eu ter comprado esse relógio: não foi Jair Messias Bolsonaro que me pediu. Meu cliente Jair Bolsonaro não tem nada a ver com essa conduta, que é minha, e eu assumo a responsabilidade. Eu fui, eu assumo, eu comprei.
Segundo ele, a compra foi feita com dinheiro em espécie por dois motivos: por ser uma forma de registrar quem fez a compra, seguindo legislação dos EUA e para conseguir “desconto”:
Consegui US$ 11 mil dólares [de desconto]. No Brasil, compra com cartão de crédito tem 5% de IOF — diz Wassef.
O advogado chegou a negar envolvimento no caso, apesar da PF ter encontrado o recibo de revenda em seu nome.