Em gesto aos militares, governo destinará R$ 53 bilhões do novo PAC a projetos de Defesa
O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (11), promete investir R$ 52,8 bilhões no setor da Defesa.
Os investimentos em projetos militares foram incluídos em um dos nove eixos estabelecidos no modelo criado pela Casa Civil, em um gesto aos militares após sucessão de crises com o fim do governo Jair Bolsonaro (PL).
O Novo PAC é a principal aposta de vitrine do terceiro mandato de Lula. O programa prevê um total de R$ 371 bilhões de investimentos com recursos públicos em quatro anos.
O montante final pode chegar a R$ 1,7 trilhão, considerando os recursos do Orçamento Geral da União (OGU), investimentos de estatais e gastos privados.
Os investimentos com a Defesa são o quarto eixo dos nove que mais receberão investimento, ficando inclusive à frente de Saúde, por exemplo.
O emprego dos recursos foi divido entre as três Forças, sendo que a Marinha será a principal beneficiada, com um total de R$ 20,6 bilhões.
Os montantes destinados para a pesquisa, o desenvolvimento e a aquisição de equipamentos de grande porte da Aeronáutica e da Marinha serão, respectivamente, de R$ 17,4 bilhões e R$ 12,4 bilhões.
Foram incluídos no Novo PAC projetos relacionados ao programa de submarino nuclear da Marinha, uma iniciativa que atravessa décadas e que já consumiu bilhões de reais dos cofres públicos.
Também receberão recursos do PAC o programa de construção de fragatas e de submarinos convencionais.
Em relação aos projetos da Aeronáutica, foram incluídos no programa o programa de compra e desenvolvimento do F-39 Gripen, caças suecos que foram adquiridos ainda no governo de Dilma Rousseff (PT). O contrato prevê transferência de tecnologia e a construção de unidades no Brasil.
Também estão previstas as compras do cargueiro KC-390 e o desenvolvimento da versão abastecedora da aeronave da Embraer, uma posta para exportar para outros países.
O Exército foi contemplado no programa com a inclusão de projetos de compra e desenvolvimento de veículos blindados, de drones e a modernização de helicópteros.
Projetos de Defesa são, via de regra, caros e mais longos de serem concluídos. No total, serão 16.