‘The Economist’ ressalta maior otimismo de investidores com a economia brasileira
A revista britânica The Economist, uma das mais respeitadas no mundo na cobertura de temas econômicos, publicou uma reportagem sobre o Brasil nesta quarta-feira (2), destacando o sentimento mais otimista dos investidores internacionais com o país.
O texto afirma que o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou a desconfiança de que o governo pudesse trilhar um caminho de recessão causado pelo desajuste fiscal, como na última passagem do Partido dos Trabalhadores pelo poder, no governo Dilma Rousseff.
A publicação destaca que a economia global reúne circunstâncias favoráveis para o Brasil, mas também menciona medidas de ajuste promovidas pelo atual governo e destaca o papel de Fernando Haddad, um “eficiente ministro da Fazenda“.
Muitos economistas creditam a Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. Ele está por trás das duas grandes reformas que poderiam colocar o Brasil em uma base mais estável — diz The Economist.
Em específico, a revista cita a reforma tributária e o arcabouço fiscal, ambas medidas em tramitação no Congresso, mas com grandes chances de aprovação ainda este ano.
Mesmo aqueles que são céticos pensam que a dívida acabará ficando sob controle.
Apesar das colocações elogiosas, a Economist diz que é preciso “otimismo moderado“, sublinhando que o “sucesso da reforma tributária e do quadro fiscal não está garantido“.
Ainda em linha cética, a revista lembra que Lula aumentou os gastos públicos em seus primeiros 100 dias, com um reajuste das políticas sociais.
A publicação também aponta a preocupação com o patrocínio do presidente a um subsídio às fabricantes de carros, caminhões e ônibus, com o programa de descontos para veículos zero quilômetro.
The Economist acrescenta que o Brasil pode se beneficiar nos próximos anos de seu potencial de produção de energia limpa e da possibilidade de fechamento de um acordo de anos com a União Europeia.