Hamas considera proposta americana de cessar-fogo como ‘positiva’, mas exige retirada das tropas israelenses de Gaza

Foto: Abdel Kareem Hana/AP

O Hamas respondeu neste sábado, 31, à proposta de cessar-fogo apoiada pelos Estados Unidos, afirmando que concorda com a libertação de 28 reféns israelenses — vivos e mortos — em troca da soltura de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

Apesar disso, o grupo terrorista voltou a exigir o fim definitivo da guerra, iniciada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, e a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

Segundo um dirigente do grupo, a proposta apresentada pelo enviado especial do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, foi considerada “positiva”. No entanto, o Hamas ainda busca algumas alterações no texto. As emendas sugeridas não foram especificadas.

Esta resposta visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada completa da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda humanitária para o nosso povo na Faixa”, declarou o Hamas em nota oficial.

O plano negociado prevê uma trégua de 60 dias, durante a qual 28 dos 58 reféns israelenses ainda mantidos em Gaza seriam trocados por mais de 1.200 prisioneiros palestinos. A proposta também inclui a liberação da entrada de ajuda humanitária no território.

Um representante palestino envolvido nas conversas afirmou à agência Reuters que o Hamas propôs dividir a libertação dos reféns em três etapas ao longo dos dois meses de trégua. O grupo terrorista também quer mais distribuição de ajuda em áreas diferentes de Gaza, além de garantias formais de que o acordo levará a um cessar-fogo permanente.

O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ainda não respondeu oficialmente à proposta. Tel Aviv, no entanto, já rejeitou anteriormente as condições impostas pelo Hamas, exigindo o desarmamento completo da organização, o fim de sua estrutura militar e política, e a libertação de todos os 58 reféns que permanecem em cativeiro.

Na sexta-feira, 30, Trump afirmou acreditar que um acordo está próximo após o avanço das negociações. No dia anterior, a Casa Branca já havia anunciado que Israel aceitou os termos propostos.

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