Comissão pode reanalisar caso da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek durante a Ditadura Militar

A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) pode reanalisar o caso da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek.
O colegiado realizará uma audiência pública nesta quinta-feira, 13, no Recife, Pernambuco. Durante o evento, o assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Nilmário Miranda, destacará a importância de a comissão reavaliar o caso.
Na sexta-feira, 14, a CEMDP promoverá uma reunião interna, na qual discutirá uma consulta jurídica sobre o possível reconhecimento de novas vítimas da ditadura militar. Após essa deliberação, novos pedidos de reconhecimento serão encaminhados, incluindo o de Kubitschek.
A morte de JK
Juscelino Kubitschek, presidente entre 1956 e 1961 e responsável pela construção de Brasília, morreu em um acidente de carro em 22 de agosto de 1976, na Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.
O acidente ocorreu próximo à cidade de Resende e envolveu o Chevrolet Opala em que JK viajava com seu motorista, Geraldo Ribeiro, além de um caminhão e um ônibus da Viação Cometa.
O Opala invadiu a pista contrária e colidiu com o caminhão, matando ambos os ocupantes do carro. A investigação oficial concluiu que o acidente foi causado por uma colisão leve do ônibus com o Opala, que fez o veículo perder o controle.
Ao longo dos anos, no entanto, surgiram teorias sugerindo que a morte de JK poderia ter sido um atentado político, considerando o contexto da ditadura militar no Brasil.