Biden retira Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo

Presidente dos EUA, Joe Biden — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, 14, a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo.

A medida foi tomada a menos de uma semana do término de seu mandato como presidente. Segundo a Casa Branca, a decisão foi resultado de uma avaliação detalhada.

“Uma avaliação foi concluída e não temos informações que sustentem a designação de Cuba como um estado patrocinador do terrorismo”, afirmou um alto funcionário do governo dos EUA.

A Casa Branca destacou que a medida foi discutida com a equipe do presidente eleito, Donald Trump. Contudo, de acordo com a Associated Press, ele deve reverter essa decisão já na próxima semana.

Durante o próximo governo, Marco Rubio será o principal diplomata dos EUA, indicado para o cargo de secretário de Estado.

Rubio, cuja família fugiu de Cuba na década de 1950 antes da revolução comunista liderada por Fidel Castro, há anos defende a imposição de sanções à ilha. Ele comparecerá ao Comitê de Relações Exteriores do Senado na quarta-feira, 16, para uma sabatina, após a qual os senadores decidirão sobre sua confirmação.

Grupos de direitos humanos e ativistas, incluindo a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, vinham pressionando o governo Biden para que Cuba fosse retirada da lista.

A Casa Branca também indicou que negociações intermediadas pela Igreja Católica foram realizadas, com a expectativa de que o regime cubano liberte presos políticos.

Durante o governo de Barack Obama, Cuba já havia sido retirada da lista como parte de um esforço de reaproximação entre os dois países. No entanto, em 2021, Donald Trump reverteu essa decisão, justificando o retorno com acusações de apoio cubano ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, a recusa em extraditar rebeldes colombianos e o abrigo contínuo de americanos procurados pela Justiça.

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