Trump diz que vai renomear Golfo do México para ‘Golfo da América’ e não descarta usar força militar para tomar controle da Groenlândia e do Canal do Panamá

Donald Trump - Foto: Reuters

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 7, que pretende renomear o Golfo do México para “Golfo da América”.

Vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. Nós fazemos todo o trabalho lá“, afirmou Trump.

Ainda não está claro quais são os objetivos dessa declaração, nem como a mudança de nome seria implementada. Também permanece incerto se a proposta se refere apenas à nomenclatura ou envolve a ideia de controle territorial da região, conhecida por sua riqueza em petróleo e por abranger aproximadamente 1,55 milhão de km². Além dos EUA, o Golfo banha diversos países da América Latina e Central.

Durante a coletiva, Trump reafirmou sua intenção de aplicar “tarifas pesadas” ao México e ao Canadá, justificando a medida como uma forma de compensar o alto fluxo de drogas entrando nos EUA.

O republicano também trouxe à tona sua antiga proposta de assumir o controle do Canal do Panamá, atualmente gerido pelo governo panamenho.

O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, que está causando uma catástrofe. Dar o canal ao Panamá foi um grande erro“, declarou, sem descartar o uso de coerção militar ou econômica para alcançar seu objetivo, que também inclui a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca.

Além disso, Trump criticou o presidente Joe Biden, afirmando que “não sabe fazer nada” e responsabilizando-o pela guerra na Ucrânia, a qual, segundo ele, não teria ocorrido se estivesse no poder. Ele alertou que o conflito pode escalar.

O presidente eleito também abordou outros temas geopolíticos:

  • Prometeu “abrir as portas do inferno no Oriente Médio” caso os reféns israelenses mantidos pelo Hamas não sejam libertados até sua posse em 20 de janeiro;
  • Criticou os juízes de Nova York, especialmente Juan Merchan, envolvido no caso criminal contra ele, e afirmou que a ordem de silêncio que recebeu é um “golpe”;
  • Afirmou que “não precisa” dos produtos canadenses;
  • Sinalizou possíveis sanções econômicas à Dinamarca, devido ao controle da Groenlândia, administrada pelo país europeu;
  • Voltou a criticar a OTAN, defendendo que os investimentos na aliança militar deveriam ser reduzidos a 5% do nível atual.

Assista à íntegra do pronunciamento de Trump:

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