Parlamento da Coreia do Sul aprova impeachment do presidente Yoon Suk-yeol

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol — Foto: Presidência da Coreia do Sul/via AP

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado, 14, o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, após sua tentativa fracassada de impor Lei Marcial no país. O resultado foi 204 votos a favor, 85 contra, três abstenções e oito votos anulados.

A medida presidencial surpreendeu a população, gerou divisão dentro do partido governista e colocou o mandato de Yoon em xeque antes da metade de seu período no cargo.

O decreto que instaurava um governo militar foi assinado em 3 de dezembro, mas acabou sendo revogado apenas seis horas depois, quando a Assembleia Nacional confrontou tropas e a polícia para impedir sua implementação.

A ação desencadeou uma crise constitucional no país e intensificou os pedidos de renúncia do presidente, acusado de violar a Constituição do país.

Com a aprovação do impeachment, Yoon Suk-yeol é afastado imediatamente, e o primeiro-ministro assume o cargo de maneira interina.

Agora, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul terá até seis meses para analisar o caso e decidir se mantém ou rejeita o impeachment, examinando as provas apresentadas para determinar se o presidente infringiu a legislação.

A Corte, normalmente composta por nove juízes, conta atualmente com apenas seis em exercício, com três vagas ainda pendentes de preenchimento.

Apesar de a legislação exigir a presença de sete juízes para deliberação, o procedimento para lidar com essa situação ainda é incerto.

Se o impeachment for confirmado pelos magistrados, o país deverá realizar uma nova eleição presidencial no prazo de 60 dias.

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