Brasil barra Venezuela e Nicarágua no Brics por ordem de Lula
O governo brasileiro exerceu pressão política e conseguiu barrar a inclusão da Venezuela e da Nicarágua na lista de países que serão convidados a integrar o Brics.
Embora não tenha havido um veto formal, a Rússia, que preside a cúpula do grupo em 2024, foi informada sobre a irritação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, devido às eleições contestadas, e com o autocrata nicaraguense Daniel Ortega, em razão da perseguição a opositores políticos e membros da Igreja Católica em seu país.
O Brics, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou por uma recente expansão no início deste ano, com a adesão de Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, ampliando o bloco de “nações emergentes”.
Durante a reunião desta terça-feira, 22, os membros do Brics definiram a lista de países que podem aderir ao grupo de parceiros.
Entre os candidatos estão Argélia, Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Os líderes dos países-membros, que se encontram em Kazan, na Rússia, discutirão em um jantar a possível adesão de cada uma dessas nações.
Devido ao acidente doméstico sofrido no último sábado, 19, Lula participará do encontro por videoconferência.