EUA intimam fabricante sueca e pedem informações sobre venda de caças Gripen ao Brasil
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos intimou a fabricante sueca Saab e pediu informações sobre a venda de 36 caças Gripen ao Brasil, em um contrato firmado em 2014, no valor de US$ 4,5 bilhões.
Este acordo foi alvo de investigações por suspeitas de corrupção alguns anos após sua assinatura.
Em comunicado, a Saab declarou que “pretende cumprir com a solicitação de fornecimento de informações e cooperar com o Departamento de Justiça dos EUA neste assunto.”
A empresa também ressaltou que “autoridades brasileiras e suecas já investigaram o processo de aquisição dos caças, e as investigações foram encerradas sem apontar qualquer irregularidade por parte da Saab.”
No Brasil, em 2016, procuradores acusaram formalmente o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva — à época fora do cargo — de usar sua influência para favorecer a Saab no processo de concorrência.
A defesa do petista sempre afirmou que as acusações são fruto de “perseguição política”.
O então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que hoje ocupa o cargo de Ministro da Justiça no governo Lula, arquivou a ação penal relacionada a supostos crimes na transação.
Em sua decisão, Lewandowski destacou que a compra dos caças “ocorreu, rigorosamente, dentro dos parâmetros constitucionais de legalidade, legitimidade e economicidade”.
A Força Aérea Brasileira (FAB) escolheu o Gripen para renovar sua frota, preferindo-o em detrimento do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, da francesa Dassault Aviation SA. As primeiras aeronaves já foram entregues ao Brasil, e as demais devem ser incorporadas até 2027.
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