Médico acusado pela morte do ator Matthew Perry se declara culpado

Um dos dois médicos da Califórnia acusados, junto com outras três pessoas, pela morte por overdose do ator de “Friends” Matthew Perry (foto, à direita) se declarou culpado nesta quarta-feira, 2, por distribuir ilegalmente cetamina, um tipo de anestésico de curta duração.

O doutor Mark Chavez (foto, à esquerda), de San Diego, admitiu a culpa durante uma audiência no Tribunal Distrital dos EUA, em Los Angeles. Ele pode ser condenado a até 10 anos de prisão, com a sentença marcada para abril.

Outro médico envolvido no caso, o doutor Salvador Plasencia, se declarou inocente, assim como Jasveen Sangha, que, segundo as autoridades, era uma fornecedora ilícita da droga e ficou conhecida como a “rainha da cetamina”. O julgamento dos dois está agendado para março.

O assistente pessoal de Perry, Kenneth Iwamasa, que confessou ter injetado o medicamento no ator, e um intermediário que alegou ter obtido a substância de Sangha, já se declararam culpados das acusações.

De acordo com as autoridades, Plasencia adquiriu cetamina de Chavez e, em uma troca de mensagens discutindo o valor a ser cobrado de Perry, escreveu: “Fico imaginando quanto esse idiota vai pagar”.

Durante a audiência nesta quarta, Chavez, de 54 anos, permaneceu no pódio e respondeu “sim, sua excelência” a uma série de perguntas. Ele confessou ter obtido cetamina por meio de uma receita fraudulenta destinada a outro paciente e sabia que o destino final da substância era Matthew Perry.

Chavez também admitiu ter fornecido a cetamina, ciente de que seu uso deveria ser monitorado por um profissional de saúde com o equipamento adequado.

Conforme os documentos do tribunal, Plasencia administrou a cetamina na casa de Perry e forneceu frascos da substância que foram aplicados por Iwamasa. O advogado de Plasencia argumentou que seu cliente seguiu os protocolos corretos na prescrição e administração da droga.

Matthew Perry morreu aos 54 anos, em outubro de 2023, em decorrência de “efeitos agudos” da cetamina e outros fatores que resultaram em perda de consciência e afogamento em sua banheira de hidromassagem, de acordo com o relatório de autópsia divulgado em dezembro do ano passado.