Incêndios na Amazônia em agosto atingem maior nível em 14 anos
O número de focos de incêndio na Amazônia em agosto atingiu o maior nível desde 2010, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Este ano, o bioma enfrenta uma seca recorde, após um período de estiagem que alterou a paisagem de alguns dos principais rios da região em 2023.
Os satélites de monitoramento detectaram 38.266 focos de incêndio na Amazônia em agosto, mais que o dobro registrado no ano anterior e o maior número para o mês desde 2010
Em julho, o número de incêndios já havia atingido o nível mais alto em duas décadas. No acumulado do ano, mais de 63 mil focos foram identificados na Amazônia brasileira.
A seca prolongada, influenciada pelo fenômeno climático El Niño intensificado pelas mudanças climáticas, deixou a região especialmente suscetível ao fogo, pouco comum em florestas tropicais.
Esses incêndios, geralmente iniciados em fazendas para desmatamento e conversão de áreas em pasto, encontram condições propícias para se espalharem rapidamente devido ao ar mais quente e à vegetação mais seca.
Além disso, o desmatamento elevado reduziu a capacidade da floresta de gerar chuva e umidade, agravando ainda mais a situação.