OEA não reconhece resultado oficial da eleição presidencial na Venezuela

A Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou um relatório nesta terça-feira, 30, no qual aponta “ilegalidades, vícios e más práticas” na eleição presidencial realizada na Venezuela no último domingo, 28, não reconhecendo o resultado oficial divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Horas depois de anunciar a suposta vitória de Nicolás Maduro com 51,2% — número contestado pela oposição ao regime chavista e alvo de desconfiança da comunidade internacional —, o órgão eleitoral do país proclamou o ditador como “presidente reeleito”.

Em conclusão, dado que não existe qualquer suporte documental público que suporte os dados anunciados pela CNE, existindo, sim, informações provenientes de diversas fontes que os contradizem, é critério técnico do Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral que os resultados oficiais não merecem confiança nem devem receber reconhecimento democrático — diz a OEA.

A organização destaca que a vitória de Maduro foi anunciada “sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar as atas e fornecendo apenas as porcentagens agregadas de votos que as principais forças políticas teriam recebido“, além de erros aritméticos.

Observadores da OEA, que acompanharam a eleição no domingo, também disseram em seu relatório que havia indícios de que o regime distorceu o resultado, inclusive via atraso no envio dos dados de apuração — embora a Venezuela adote o voto eletrônico.

O relatório da organização que reúne os países do continente americano também afirmou que o regime chavista aplicou “seu esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.

Ao longo de todo este processo eleitoral assistimos à aplicação por parte do regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição das mais aberrantes manipulações — concluiu a organização internacional.

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