‘Abin Paralela’: PF mira ‘gabinete do ódio’ de Bolsonaro e cumpre cinco mandados de prisão preventiva

Letreiro na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em Brasília — Foto: Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 11, a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desmantelar uma organização criminosa focada no monitoramento ilegal de autoridades públicas e na produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Os agentes cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Até o momento, foram presos Giancarlo Gomes Rodrigues, ⁠Matheus Sposito (ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República durante o governo Bolsonaro), ⁠Marcelo de Araújo Bormevet (policial federal) e Richards Dyer Pozzer.

Ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, também foram alvos da PF. Entre eles, José Mateus Sales Gomes.

Nessa fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo das ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a disseminação de informações sabidamente inverídicas.

De acordo com a PF, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos telefônicos e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas comuns e funcionários públicos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

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