PF indicia Bolsonaro, Cid e deputado Gutemberg Reis por falsificação de certificados de vacinação

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) no caso que apura um suposto esquema de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 .

As investigações apontam que os envolvidos cometeram os crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa. O primeiro prevê pena de dois a 12 anos de prisão e o segundo, de um a três anos.

Além dos já mencionados, também foram indiciadas pelos mesmos crimes as seguintes pessoas:

  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.

O processo segue agora para o Ministério Público Federal (MPF), que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva o caso.

“Bolsonaro deu a ordem”

Segundo a PF, Cid disse em depoimento que partiu de Bolsonaro a ordem para falsificar os certificados de vacinação dele e de sua filha Laura, de 12 anos.

Ainda de acordo com o relato, os dois documentos foram impressos no Palácio do Alvorada — residência oficial do Presidente da República — e entregues em mãos a Bolsonaro.

O depoimento de Mauro Cid ainda é mantido sob sigilo, mas trechos foram incluídos pela PF no relatório que embasou os indiciamentos revelados nesta terça.

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