PF indicia Zambelli e hacker Walter Delgatti por invasão ao sistema do CNJ
A Polícia Federal (PF) indiciou a deputada federal Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 4 de janeiro de 2023.
Eles são suspeitos de falsidade ideológica e de múltiplas tentativas de invasão de dispositivos informáticos.
O relatório da PF será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Documentos falsos encontrados
Segundo os investigadores, quatro documentos falsos foram encontrados em dispositivos pessoais da deputada.
Dentre eles está o mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ordens de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do magistrado.
Esses documentos teriam sido gerados no computador do hacker e baixados por Zambelli.
A ordem de prisão de Moraes teria como finalidade questionar a integridade do processo eleitoral conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro.
Segundo a PF, após instigar o hacker a acessar os sistemas do CNJ, a deputada divulgou os documentos a jornalistas para difundir suspeitas sobre a credibilidade do Judiciário.
Zambelli nega envolvimento, afirmando que seu relacionamento com Delgatti se limitou à contratação de serviços de gerenciamento de site pessoal e mídias sociais em 2022.
Entretanto, Delgatti informou que foi a parlamentar quem elaborou o texto do mandado de prisão falso, que começava chamando Moraes de “Deus do Olimpo” e concluía com o slogan da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Faz o L”.