Ibama aprova plano da Petrobras de proteção à fauna na Foz do Amazonas, e exploração de petróleo fica mais próxima
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou nesta segunda-feira, 19, o chamado “conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF)” apresentado pela Petrobras.
A medida representa um avanço significativo no processo de licenciamento ambiental para exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas.
Na prática, a aprovação indica que o plano atendeu aos requisitos técnicos em sua estrutura teórica e metodológica. Com isso, a Petrobras poderá seguir para a próxima fase, que prevê vistorias e simulações operacionais para testar a resposta a eventuais vazamentos de óleo, incluindo o resgate de animais atingidos.
Apesar do aval, o Ibama reforça que a aprovação conceitual não autoriza, por si só, a perfuração exploratória. A continuidade do processo depende da comprovação, em campo, da viabilidade do plano, especialmente no que diz respeito ao Plano de Emergência Individual (PEI).
Para isso, será definido um cronograma de Avaliação Pré-Operacional (APO), que contemplará testes práticos e inspeções.
A Bacia da Foz do Amazonas, localizada na costa norte do Brasil entre o Amapá e o Pará, é vista como uma das áreas mais promissoras do país para extração de petróleo e gás natural, com potencial estimado em bilhões de barris. Esse cenário tem atraído o interesse de grandes petroleiras e do governo federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou apoio à exploração da região. Em tentativas anteriores, no entanto, o Ibama havia negado os pedidos da Petrobras, alegando que os projetos apresentados não garantiam a devida proteção ambiental.
A aprovação atual se baseou em pareceres técnicos que analisaram a versão mais recente do plano da estatal. O processo segue cercado de atenção por envolver uma área de alta sensibilidade ecológica e por dividir opiniões dentro do próprio governo.
