Corte Constitucional da Coreia do Sul confirma impeachment de Yoon Suk-yeol e o destitui em definitivo do cargo de presidente

A Corte Constitucional da Coreia do Sul destituiu oficialmente o presidente Yoon Suk-yeol nesta sexta-feira, 4, ao confirmar o impeachment aprovado no Parlamento no ano passado.

A decisão se baseia na imposição de uma breve, porém controversa, lei marcial decretada por Yoon, que restringia direitos civis e determinava o fechamento do Legislativo local — medida que provocou a pior crise política no país em décadas.

O presidente interino da Corte, Moon Hyung-bae, afirmou que Yoon ultrapassou os limites do cargo e violou a Constituição ao tomar decisões que “representaram um sério desafio à democracia”.

Segundo ele, “Yoon cometeu uma grave traição à confiança do povo, que são os membros soberanos da república democrática”, e acrescentou que, ao declarar a lei marcial, o ex-presidente “criou caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa”.

A destituição foi decidida por unanimidade pelos oito juízes do tribunal.

Milhares de manifestantes que exigiam a saída de Yoon, incluindo centenas que acamparam em frente à sede da Corte durante a noite, comemoraram a decisão com gritos e aplausos, entoando “Vencemos!”.

Segundo a Constituição sul-coreana, novas eleições presidenciais deverão ser realizadas em até 60 dias.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente a presidência até a posse do novo chefe de Estado.

O desfecho marca o fim de meses de instabilidade política que atrapalharam a resposta do governo a desafios econômicos e às relações com o novo governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump.

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