China anuncia tarifas retaliatórias sobre produtos dos EUA e investigação contra Google

A China anunciou nesta terça-feira, 4, tarifas retaliatórias sobre importações dos Estados Unidos, respondendo rapidamente às novas taxas impostas por Washington a produtos chineses.
A medida reacende a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, em meio à pressão do presidente Donald Trump para que Pequim contenha o fluxo de fentanil, um opioide ligado à crise de overdose nos EUA.
As tarifas adicionais de 10% sobre todas as importações chinesas para os EUA, determinadas por Trump, entraram em vigor nesta terça.
Pouco depois, o Ministério das Finanças da China anunciou taxas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, além de um acréscimo de 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.
As novas tarifas passarão a valer a partir de 10 de fevereiro.
Além disso, o Ministério do Comércio chinês e a Administração de Alfândegas informaram que o país imporá controles de exportação sobre tungstênio, telúrio, rutênio, molibdênio e produtos relacionados ao rutênio, justificando a decisão como uma forma de “salvaguardar os interesses de segurança nacional”.
Na véspera, Trump havia suspendido no último momento sua ameaça de impor tarifas de 25% sobre México e Canadá, concordando com uma trégua de 30 dias em troca de concessões sobre controle de fronteiras e combate ao crime.
No entanto, não houve o mesmo alívio para a China, e um porta-voz da Casa Branca afirmou que Trump não pretende conversar com o líder chinês, Xi Jinping.
Google na mira
Além das tarifas, Pequim anunciou uma investigação contra a gigante americana Google por supostas violações das leis antimonopólio.
“Diante das suspeitas de que o Google violou a lei antimonopólio da República Popular da China, a Administração Estatal de Regulação de Mercados iniciou uma investigação sobre a empresa, conforme previsto na lei”, informou o órgão em comunicado.