Forças de Defesa de Israel aprovam plano para retirada da Faixa de Gaza, diz jornal
As Forças de Defesa de Israel (IDF) aprovaram, nos últimos dias, diversos planos para a retirada rápida de tropas de grandes áreas na Faixa de Gaza, informou o jornal israelense Haaretz neste sábado, 11. A decisão ocorre em meio ao avanço das negociações para a liberação de reféns em poder do grupo terrorista Hamas.
A retirada do Exército israelense do território palestino é uma das exigências do Hamas para um possível acordo de trégua.
Israel realiza uma ofensiva militar em Gaza desde outubro de 2023, após um ataque terrorista do Hamas no sul israelense que deixou cerca de 1.200 mortos. Na ocasião, aproximadamente 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza como reféns.
Atualmente, estima-se que cerca de 100 reféns ainda estejam em poder do Hamas, mas seu estado de saúde é desconhecido, e acredita-se que alguns possam estar mortos.
Ainda segundo o Haaretz, o Exército israelense já está preparado para implementar qualquer decisão tomada pelo governo, incluindo a retirada acelerada de tropas, caso um acordo seja fechado.
O progresso nas negociações ocorre em um contexto político sensível. Durante todo o ano de 2024, o governo de Joe Biden tentou mediar um cessar-fogo, mas as tratativas ganharam força às vésperas da posse de Donald Trump, que retorna à presidência dos Estados Unidos na sexta-feira, 20.
O republicano fez declarações contundentes, alertando que “os portões do inferno se abrirão no Oriente Médio” e que “o Hamas irá pagar caro” caso não haja um acordo de cessar-fogo antes de sua posse.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, já se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e planeja encontros com representantes de outros países no Catar nos próximos dias. Egito, Catar e Estados Unidos estão entre os mediadores das negociações para o cessar-fogo.
Após o encontro com Witkoff, Netanyahu anunciou o envio do chefe do Mossad, o serviço de inteligência israelense, e do chefe do Shin Bet, a agência de segurança interna, para participar diretamente das tratativas.
Também neste sábado, quatro soldados israelenses foram mortos em confrontos no norte de Gaza.