Biden concede perdão presidencial a seu filho Hunter
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu, na noite deste domingo, 1º, perdão presidencial a seu filho Hunter Biden, livrando-o de uma possível pena de prisão por condenações federais relacionadas à posse ilegal de arma e sonegação fiscal.
A decisão contraria declarações anteriores de Biden, que havia prometido não usar seus poderes para beneficiar familiares, gerando duras críticas.
O líder americano também havia garantido que não perdoaria o filho após as condenações nos casos julgados em Delaware e na Califórnia.
O anúncio foi feito poucas semanas antes da sentença de Hunter e a menos de dois meses da posse de Donald Trump como presidente, marcando o retorno do republicano à Casa Branca.
Em junho, Biden afirmou: “Respeito a decisão do júri. Não concederei perdão.” Mesmo após a vitória de Trump em 8 de novembro, a secretária de imprensa Karine Jean-Pierre reiterou que não haveria clemência para Hunter.
Contudo, neste domingo, Biden justificou o perdão alegando que as acusações contra seu filho eram politicamente motivadas e “injustas”. “Nenhuma pessoa razoável pode concluir que ele foi alvo por algo além de ser meu filho”, declarou.
O presidente descreveu sua decisão como um gesto tanto de pai quanto de chefe de Estado, tomada durante o feriado de Ação de Graças, em Nantucket, Massachusetts, antes de sua última viagem internacional no cargo.
Hunter Biden foi condenado em junho por mentir ao adquirir uma arma em 2018 e, na Califórnia, confessou não ter pago US$ 1,4 milhão em impostos. As penas combinadas pelos crimes poderiam ultrapassar 40 anos de prisão.
Essa decisão encerra uma longa batalha legal para Hunter, investigado desde dezembro de 2020, pouco após a eleição de Joe Biden.