Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF

General Walter Braga Netto — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), após a vitória sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2022, foi discutido em uma reunião realizada na casa do general Walter Braga Netto (foto) em 12 de novembro daquele ano.

O encontro foi confirmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro. O ex-presidente foi colega de chapa de Netto em 2022.

Agora colaborador da Justiça, Cid forneceu informações corroboradas por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes, preso nesta terça-feira, 19.

Segundo a Polícia Federal (PF), Braga Netto participou da reunião ao lado de Cid e dos majores Hélio Ferreira Lima e Rafael de Oliveira — ambos também detidos na mesma operação.

Os três militares, junto com Fernandes, são suspeitos de planejar o assassinato de Lula e Alckmin, programado para ocorrer em 15 de dezembro de 2022.

Após o encontro, o major Rafael de Oliveira enviou a Mauro Cid um arquivo em formato Word intitulado “Copa 2022”, detalhando as necessidades de logística e orçamento para as operações clandestinas, conforme a PF apurou.

O plano incluía a utilização dos “kids pretos”, uma unidade de elite do Exército composta pelos militares envolvidos. Além disso, a PF revelou que, após essa reunião, o grupo começou a monitorar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de inquéritos contra Bolsonaro, que também seria alvo de execução.

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