Musk chama governo australiano de ‘fascista’ por nova lei sobre desinformação nas redes sociais

Elon Musk e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese — Foto: Arquivo

Elon Musk, proprietário da plataforma X — atualmente suspensa no Brasil —, acusou o governo de centro-esquerda da Austrália de “fascista” na última quinta-feira, dia 12.

A crítica ocorreu após a apresentação de um projeto de lei que prevê multas para empresas de mídia social que não conseguirem barrar a disseminação de desinformação online.

Pela proposta, o governo australiano poderá aplicar multas de até 5% da receita global das plataformas que permitirem a circulação de notícias falsas, alinhando-se a uma tendência global de maior regulação das big techs.

O texto também exige que as plataformas estabeleçam códigos de conduta para evitar a propagação de desinformação, sujeitos à aprovação de um órgão regulador, que seria responsável por fiscalizar o cumprimento das normas e aplicar eventuais penalidades.

Musk, que se autodeclara “defensor da liberdade de expressão”, respondeu a uma postagem de um usuário do X sobre a lei com uma única palavra: “Fascistas”.

Em resposta, um porta-voz da ministra de Comunicações, Michelle Rowland, afirmou por e-mail que as empresas que operam na Austrália devem seguir as leis locais.

Este projeto de lei reforça a transparência e a responsabilidade das plataformas em relação aos usuários e à população australiana — declarou Rowland.

Anteriormente, em abril, o X já havia entrado em confronto com o governo australiano ao processar o regulador cibernético do país, contestando uma ordem para remover postagens relacionadas ao esfaqueamento de um bispo em Sydney. Na ocasião, o primeiro-ministro Anthony Albanese chamou Musk de “bilionário arrogante”.

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