Putin diz que Brasil, China e Índia poderiam mediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante o Fórum Econômico Oriental, realizado em Vladivostok no dia 5 de setembro de 2024 — Foto: Kirill Kazachkov/Roscongress Foundation/via Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira, 5, que Brasil, China e Índia poderiam desempenhar o papel de mediadores em eventuais negociações de paz relacionadas à guerra com a Ucrânia.

Durante o Fórum Econômico Oriental, realizado em Vladivostok, Putin destacou que as tratativas iniciais entre representantes russos e ucranianos, ocorridas nas primeiras semanas da invasão, poderiam servir de base para novas discussões, embora o acordo preliminar nunca tenha sido implementado.

O autocrata também reiterou que a Rússia “nunca se recusou” a participar de negociações de paz com a Ucrânia.

Para o Brasil, as declarações de Putin podem ser vistas de forma positiva, considerando os esforços mal-sucedidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em intervir no conflito.

Desde o início, o petista se ofereceu como mediador, reforçado pela posição do Brasil de condenar a invasão na ONU, mas de se abster de impor sanções à Rússia.

Contudo, declarações controversas que equipararam Putin ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comprometeram a credibilidade brasileira nesse papel, embora Lula tenha tido sua posição parcialmente recuperada com o apoio da China.

Como principais aliados de Putin, os chineses incluíram o Brasil em um comunicado conjunto que pedia por negociações.

A agência de notícias estatal russa RIA Novosti, citando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou nesta quinta que Moscou, por ora, não vê nenhum pré-requisito para negociações de paz com Kiev.

Peskov acrescentou ainda que as autoridades russas não estão considerando uma nova mobilização de tropas para reforçar suas posições militares na Ucrânia.

Você pode gostar...