Juíza rejeita processo contra Trump por reter documentos sigilosos do governo americano
A juíza Aileen M. Cannon rejeitou nesta segunda-feira, 15, o processo criminal contra Donald Trump no qual ele é acusado de reter ilegalmente documentos confidenciais do governo americano após deixar a Presidência, bem como seus esforços para impedir que as autoridades os recuperassem.
Na decisão, a magistrada — que foi indicada pelo próprio Trump — afirmou que a nomeação do procurador especial Jack Smith violou a Constituição do país.
No fim, parece que o crescente conforto do Executivo em nomear consultores especiais ‘regulatórios’ na era mais recente seguiu um padrão ad hoc com pouco escrutínio judicia — escreveu Cannon na sentença.
A acusação, apresentada num tribunal federal da Flórida em junho de 2023, foi considerada pela equipe jurídica do republicano como um dos processos criminais mais fortes, em parte porque, segundo o Washington Post, os atos teriam ocorrido quando Trump já havia deixado a Casa Branca.
Fotos obtidas durante a investigação mostram caixas de papéis empilhadas até em um banheiro do resort Mar-a-Lago, na Flórida.
Eram 40 acusações, referentes à retenção intencional de informações de defesa nacional e conspiração para obstruir a justiça. Desse total, 32 preveem reclusão de até 10 anos cada, seis de até 20 anos e dois de até cinco anos.
O julgamento chegou a ser marcado para começar em 20 de maio, mas foi adiado indefinidamente pela juíza.