PF indicia Bolsonaro e mais 11 em inquérito das joias

Ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Rebecca Blackwell/AP

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira, 4, no inquérito das joias — investigação que apura se ele e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias dadas de presente à Presidência da República durante o mandato.

A corporação pede que ele responda por peculato, que é a apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente sempre negou qualquer irregularidade. Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, disse que não falaria neste momento porque não teve acesso ao documento da PF.

Outras 11 pessoas também foram indiciadas – todas por associação criminosa, sete por peculato, nove por lavagem de dinheiro e um – o ex-chefe da Receita Julio Cesar Vieira Gomes – por advocacia administrativa.

  • Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
  • José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia (apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
  • Julio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita (apropriação de bens públicos, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa);
  • Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Bolsonaro (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro);
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque (apropriação de bens públicos e associação criminosa);
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
  • Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Frederick Wassef, advogado do ex-presidente (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro e associação criminosa);

O relatório final com as conclusões e detalhes sobre os indiciamentos será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

O magistrado então encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) — que analisará o caso e decidirá se há provas suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se são necessárias novas diligências.

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