Até agora, apenas 15% das cidades em calamidade no RS solicitaram ajuda financeira ao governo
Apenas 69 dos 441 municípios em situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul solicitaram auxílio financeiro ao governo federal. Isso representa 15.65% das cidades gaúchas mais afetadas pelas fortes chuvas e enchentes.
Em declaração à imprensa, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, comentou os dados:
Nós imaginávamos que, de todos os 441 municípios que decretaram a calamidade, uns 300 fossem pedir auxílio ao mesmo tempo. Ontem [10], visitamos cidades que não tinham pedido. Chegamos lá e falamos sobre o processo para se pedir esse auxílio — explicou ele.
Góes ressaltou ainda que os recursos para ações emergenciais já são liberados com o simples envio de um ofício pelos gestores municipais.
O secretário Nacional da Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, disse que “houve uma mudança no rito para se fazer esse pedido, que agora pode ser por e-mail”.
Eu não consigo crer que, nesta altura do campeonato, o recurso não seja importante para que os prefeitos consigam comprar bens para os abrigos e cozinhas humanitárias — acrescentou Wolf.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou que o governo federal atua conforme vão chegando os planos de trabalho e afirmou que a responsabilidade pelo planejamento e utilização do dinheiro é das administrações locais.
A gestão do dia a dia das comunidades é de responsabilidade dos municípios e dos Estados — disse Pimenta.
Já foram aprovados, por exemplo, planos para uma ponte que liga Lajeado a Arroio do Meio, no valor de R$ 6,9 milhões, e outra estrutura para ligar o município de Campos Borges, por R$ 1,6 milhão. As três cidades estão localizadas no Vale do Taquari, região que foi a primeira afetada pelas enchentes.
O plano apresentado pela capital Porto Alegre foi de R$ 10,5 milhões para ajuda humanitária.