Moraes manda soltar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro — Foto: Carlos Moura/SCO/STF - Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a soltura do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

O militar estava preso desde o dia 22 de março no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

Cid, que fez um acordo de delação premiada, foi preso novamente após o vazamento de áudios em que levantava suspeitas e criticava a investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), ao próprio Moraes, relator do inquérito.

O ex-ajudante de ordens é investigado na suposta trama de uma tentativa de golpe de Estado, na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e no caso da venda de joias sauditas recebidas por Bolsonaro.

No pedido de liberdade, a defesa de Mauro Cid argumentou que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de Justiça.

Além disso, os advogados mencionam que a gravação foi feita de forma clandestina, em um momento de desabafo do militar.

Nos áudios revelados pela revista Veja em 21 de março, o tenente-coronel diz: “Eles [os policiais] queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”.

O ex-ajudante de ordens ainda reclama da condução do processo, citando o relator: “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”.

Um dia após a divulgação dos áudios, em 22 de março, Cid foi chamado para uma audiência no STF para confirmar os termos da delação premiada que havia garantido sua saída da prisão em setembro de 2023.

Ao gabinete de Moraes, o tenente-coronel reforçou tudo o que havia dito na delação e negou ter sido coagido por policiais.

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