Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato de Marielle, diz site

Domingos Brazão — Foto: Reprodução

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão (foto em destaque) teria sido um dos mandantes ​​do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

Esse é o principal teor da delação premiada feita à Polícia Federal (PF) pelo PM reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos. As informações são do site Intercept Brasil.

O acordo entre Lessa e a PF ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão tem foro privilegiado devido ao seu cargo no TCE-RJ.

Motivação

Entre outros pontos, o Intercept Brasil aponta a suposta motivação para o crime: “A principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle é vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo PSOL, hoje no PT, e atual presidente da Embratur“.

Quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Domingos Brazão teve sérias disputas com Marcelo Freixo — com quem Marielle Franco trabalhou por 10 anos até ser eleita vereadora em 2016.

Em 2008, Brazão foi citado no relatório final da CPI das milícias, presidida por Freixo.

A reportagem procurou a defesa de Domingos Brazão, que disse desconhecer o conteúdo da delação. Em entrevistas anteriores, ele sempre negou qualquer envolvimento no crime.

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