Ministério Público da Venezuela emite mandado de prisão contra opositor Juan Guaidó

Juan Guaidó — Foto: Jose A. Iglesias/Europa Press

O Ministério Público (MP) da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra o líder opositor Juan Guaidó, que chegou a se autoproclamar presidente do país em 2019. A informação foi divulgada pelo promotor Tarek William Saab nesta quinta-feira (5).

Segundo o procurador, o órgão pedirá à Interpol que emita um alerta vermelho para a captura de Guaidó. A solicitação será baseada em investigações de um tribunal dos Estados Unidos.

O MP diz que uma corte americana apurou que Guaidó usou recursos da petroleira estatal PDVSA para pagar despesas pessoais, além de obrigá-la a aceitar condições de refinanciamento de uma dívida.

O órgão diz ainda que as ações de Guaidó diante da empresa causaram prejuízos de US$ 19 bilhões (R$ 98 bilhões), além da perda quase definitiva da Citgo, subsidiária da PDVSA nos EUA.

O governo [autoproclamado] de Guaidó acessou ativos das subsidiárias da PDVSA nos EUA e os utilizou para se financiar, contornando qualquer direito que a PDVSA possa ter sobre os dividendos corporativos — disse o procurador.

Durante um pronunciamento, Saab disse que as investigações indicam que Guaidó é um “criminoso internacional” e chefe de uma “gangue criminosa” estruturada.

De acordo com o MP, o político é investigado por traição, usurpação de funções, desvio e lavagem de dinheiro, além de outros crimes.

Além disso, o governo interino do opositor venezuelano é alvo de mais de 25 investigações do órgão por usurpação de funções, lavagem de dinheiro, terrorismo, tráficos de armas, traição e associação.

Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), Guaidó reagiu às acusações do Ministério Público e as classificou como “mentiras” para “perseguir física e moralmente a oposição venezuelana”.

Devido a ameaças após ser expulso da Colômbia, ele atualmente mora em Miami, nos EUA.

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