Médico morto a tiros no Rio de Janeiro teria sido confundido com miliciano, diz polícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se os médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tujuca, Zona Oeste da capital fluminense, foram mortos por engano.
A hipótese é de que traficantes teriam como verdadeiro alvo Taillon de Alcântara Pereira Barbosa (imagem em destaque, à direita), filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
Taillon se assemelha fisicamente com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida (imagem em destaque, à esquerda).
O miliciano mora perto do quiosque onde ocorreu o crime, e a polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado no local e informou aos executores. Na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir se Perseu havia sido baleado.
Outras linhas de investigação, no entanto, ainda não estão descartadas.
Guerra entre traficantes e milicianos
De acordo com o portal Metrópoles, desde o final do ano passado, facções de traficantes de drogas e milicianos travam uma guerra sangrenta por território, exatamente na zona oeste, onde fica a Barra da Tijuca.
O ataque desta madrugada pode ter sido mais um desdobramento dessa violência que traz, há meses, inúmeros problemas para os moradores dessa área.
Aparente falta de planejamento prévio
Os investigadores também acreditam que o crime não foi planejado com antecedência — com os executores recebendo informações dando a localização da suposta vítima e decidindo partir para a empreitada na mesma hora.
Segundo fonte ouvida pela TV Globo, um dos assassinos usava bermuda, roupa apontada como incomum em casos de execuções planejadas. Os outros criminosos usavam camisas e calças escuras, mas não cobriam o rosto.
O Departamento de Homicídios da Polícia Civil mobilizou equipes para a investigação. Um dos objetivos é refazer a rota do veículo usado no crime.