Campos Neto se diz a favor de tributar super-ricos e offshores

Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Câmara dos Deputados — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (27), ser a favor da taxação de super-ricos e offshores, defendendo uma alíquota de 10%.

Sobre arrecadação de super-ricos, sou a favor de arrecadação de fundos exclusivos, sou a favor de arrecadação de offshores. No governo anterior [de Jair Bolsonaro], tinha um projeto de offshore, a gente queria fazer a taxação das offshores, eu achava que a alíquota para taxação tinha de ser mais alta, eu pedi que fosse 10%, achei que 10% era razoável, voltou com 6%, eu inclusive acho 6% baixo, acho que tem que taxar mais — disse Campos Neto.

A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória (MP) para tributar rendimentos de fundos exclusivos dos chamados super-ricos e enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para tributar offshores.

Essas medidas fazem parte do plano do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação de receitas para cumprir a meta de défice primário zero até 2024.

Fundos exclusivos e offshores

Fundos exclusivos são altos investimentos em aplicações como ações ou renda fixa. Eles exigem aporte mínimo de R$ 10 milhões, com custo de manutenção de até R$ 150 mil por ano.

Offshores são empresas abertas fora do país de residência, geralmente em paraísos fiscais, onde a tributação é reduzida ou nula. Ambos podem ser usados para evitar pagamentos de impostos.

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