Alexandre Garcia lê direito de resposta da AGU após divulgar fake news sobre enchentes no RS

Alexandre Garcia durante programa "Oeste sem Filtro" — Foto: Reprodução/Revista Oeste

O jornalista Alexandre Garcia leu, na noite desta sexta-feira (15), durante um programa online da Revista Oeste, o direito de resposta solicitado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para desmentir informações falsas divulgadas por ele sobre as chuvas no Rio Grande do Sul.

Garcia havia sugerido, em uma edição do programa “Oeste sem Filtro”, que as enchentes teriam sido provocadas pela abertura proposital de comportas de usinas hidrelétricas no estado, “construídas no governo petista”.

A teoria conspiratória foi desmentida pela empresa que administra as estruturas, pelo governo estadual e pelo Executivo federal. A informação, aliás, não tem fundamento, já que as barragens sequer possuem comportas (saiba mais aqui).

No programa desta sexta, ele disse que leria o direito de resposta: “Está lá no artigo 5º da Constituição, dos direitos e garantias individuais. Vem depois de outro direito sagrado, que é o direito à expressão do pensamento, à liberdade de expressão“.

Leitura do direito de resposta do governo federal:

Em relação à declaração feita pelo jornalista Alexandre Garcia, no programa ‘Oeste sem Filtro’, no canal da Revista Oeste na plataforma Youtube, no dia 8 de setembro de 2023, o Ministério de Minas e Energia (MME) esclarece que a operação das três usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul, citadas pelo comentarista, não contribuíram ou agravaram a tragédia que atingiu a região serrana e do Vale do Rio Taquari.

A região foi castigada pelas fortes chuvas que causaram grandes inundações em cidades da região, causando mortes e grandes estragos.

As represas em questão foram instaladas após concessão regular pela União, resultante de licitação conduzida pela Agência Nacional de Energia Elétrica no ano 2000, tendo o licenciamento ambiental adequado e sua renovação periódica junto ao órgão competente sido fixados como requisitos essenciais a serem cumpridos por todos os licitantes para a participação no certame, e também pelo vencedor concessionário.

As três usinas são do tipo vertedouro de soleira livre, não possuindo comportas para armazenamento ou retenção de água para a geração de energia, não controlando, portanto, o fluxo de água nos rios.

O Ministério de Minas e Energia lamenta a politização de tragédia que, infelizmente, assolou cidades gaúchas e trouxe imenso sofrimento a inúmeras famílias.

Por fim, o Ministério de Minas e Energia e a Advocacia-Geral da União reforçam o compromisso com a transparência da informação na Administração Pública, bem como reiteram o apoio do Governo Federal nos esforços de socorro ao Rio Grande do Sul neste momento extremamente delicado enfrentado pela população gaúcha.

Este esclarecimento atende a pedido realizado à Revista Oeste pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU), que tem como uma de suas atribuições realizar o enfrentamento de ações de desinformação que atingem políticas públicas.

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