Câmara aprova minirreforma eleitoral que alivia punições e veta candidaturas coletivas

Plenário da Câmara dos Deputados durante votação — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quinta-feira (14), dois projetos que formam a minirreforma eleitoral. Os texto, entre outros pontos, altera regras sobre prestação de contas e inelegibilidade, além de flexibilizar a cota de participação de mulheres.

A proposta também obriga oferta de transporte público gratuito no dia das eleições. Os textos seguem para o Senado. 

Analistas veem na minirreforma eleitoral uma flexibilização excessiva de algumas regras que disciplinam a ação de partidos e candidatos.

Principais mudanças:

  • flexibilização das regras de inelegibilidade;
  • fim das prestações de contas parciais, feitas durante a campanha;
  • flexibilização do uso de recursos para campanhas femininas, ao abrir brechas para que os recursos sejam usados em despesas de candidatos homens;
  • retirada da obrigatoriedade de que partidos que formam uma federação cumpram individualmente a cota de 30% de candidaturas femininas;
  • permissão para a compra de aviões e barcos com uso do fundo partidário;
  • ampliação do rol de vítimas de violência política contra a mulher;
  • permissão de doações por meio do PIX.

O Congresso tem articulado para votar alterações nas regras eleitorais até o começo de outubro. Isso porque, para serem válidas já nas eleições de 2024, essas propostas precisam ser aprovadas pela Câmara e Senado, além de sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de 6 de outubro – ou seja, um ano antes do pleito.

Você pode gostar...