123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

123 Milhas — Foto: Danilo Verpa/Folhapress

A 123 Milhas entrou, nesta terça-feira (29), com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Além dela, a HotMilhas, que pertence aos mesmos donos, e a Novum, sócia da empresa de milhagem, também fizeram a mesma solicitação.

No pedido, a defesa das empresas alega que elas “estão enfrentando a pior crise financeira desde suas respectivas fundações“. 

Ainda segundo o documento, desde de seu lançamento, em 2016, a 123 Milhas usa pontos e milhas para emitir passagens mais baratas.

No entanto, de acordo com a defesa, “nos últimos anos, as vantagens que permitiam a emissão de bilhetes aéreos mais baratos, principalmente aquisições com milhas, vêm diminuindo gradativamente“.

A 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada.

No dia 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais com embarques previstos a partir de setembro de 2023, o que gerou uma série de ações na Justiça.

A agência de viagens diz que a suspensão do programa promocional afetou:

Sobremaneira a credibilidade das requerentes perante o mercado, que viram suas vendas diminuírem drasticamente, assim como incrementaram o seu passivo, dado o vencimento antecipado de contratos com outros fornecedores.

A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a empresa endividada ganha um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob a mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias.

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