CPMI descobre movimentação milionária em contas de Mauro Cid
A quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), revela que suas movimentações financeiras são muito maiores do que se sabia anteriormente.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Em três anos, o oficial movimentou R$ 8,4 milhões. Entre 2020 e 2022, foram depositados R$ 4,5 milhões em suas contas e saíram R$ 3,8 milhões. Os dados foram obtidos pela CPMI dos Atos Golpistas.
No mesmo período, Cid declarou à Receita ter rendimento médio tributável de R$ 318 mil por ano. Ou seja, em três anos o dinheiro depositado em suas contas é cinco vezes maior do que sua remuneração como servidor público federal.
As informações constam em um relatório de movimentação financeira em contas correntes e poupança. O documento produzido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Ministério da Fazenda foi enviado à comissão parlamentar.
Os relatórios entregues também mostram que o ex-ajudante de ordens administrou R$ 2,4 milhões como procurador das contas de Jair Bolsonaro.
Nessas contas, o mês com maior volume de depósitos foi em fevereiro de 2020, quando entraram R$ 119 mil.
De acordo com o documento enviado à CPMI, as contas operadas por Mauro Cid como procurador do ex-presidente receberam um total de R$ 1,1 milhão em três anos. Também há registros de débitos no valor de R$ 1,2 milhão.