Caso das joias: mais um advogado deixa defesa de Mauro Cid

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro — Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O advogado Bernardo Fenelon deixou a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Oficialmente, a explicação é que o motivo da renúncia ocorre “por foro íntimo”.

Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a decisão do advogado foi comunicada a Cid na última terça-feira (8). Antes, portanto, da bombástica “Operação Lucas 12:2” (saiba mais abaixo).

Fenelon é especialista em delações premiadas. O defensor é o segundo advogado a deixar a defesa de Cid em três meses.

O antecessor Rodrigo Roca, próximo à família Bolsonaro, defendeu o militar até maio, mas deixou o caso após Cid ser preso por fraude no cartão de vacina.

Operação Lucas 12:2

Segundo a Polícia Federal (PF), Cid vendeu ilegalmente um relógio Rolex pelo valor de US$ 68 mil (cerca de R$ 346 mil na cotação atual do dólar) e depositou o dinheiro na conta do pai, o general Mauro Lourena Cid. O objeto valioso foi um presente da Arábia Saudita ao governo brasileiro.

Na sexta-feira (11), os Cids (pai e filho), o advogado Frederick Wassef e o tenente Osmar Crivelatti foram alvos de uma ação da PF que apura a venda do relógio de luxo citado anteriormente e outros itens valiosos do acervo da Presidência no exterior.

De acordo a corporação, os suspeitos são investigados por utilizarem a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países estrangeiros.

A apuração policial apontou, até o momento, que os valores obtidos com essas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos suspeitos.

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