CPMI aciona Justiça contra Mauro Cid por ‘abuso do direito ao silêncio’

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante depoimento na CPMI dos Atos Golpistas — Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro acionou, nesta quinta-feira (13), a Justiça Federal do Distrito Federal com uma representação contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, por abuso do direito ao silêncio durante seu depoimento na última terça (11).

Ao longo de sua oitiva, que durou cerca de sete horas, Cid permaneceu calado em mais de 40 ocasiões. Ele se recusou, inclusive, a responder questionamentos básicos – por exemplo, informar a própria idade.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que o ex-ajudante de ordens não respondesse apenas perguntas que pudessem incriminá-lo, sendo vedado o silêncio em outras questões de que tivesse conhecimento.

Mauro Cid foi chamado para depor após a Polícia Federal (PF) encontrar em seu celular mensagens com teor golpista. Ele e o coronel do Exército Lawand Júnior conversavam sobre uma possível decretação de intervenção militar para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

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